sexta-feira, 26 de julho de 2013

Capítulo 50

O Marcos jantou , ele estava faminto. Enquanto isso eu comia um bolo de chocolate que estava delicioso. Terminei , tomei uma água e ele continuava comendo :
- Desculpa perguntar , mas faz quanto tempo que você não come ?
- (risos) Nossa ! Faz tempo , não almocei , não lanchei , essa é a minha primeira refeição. Eu realmente estou ou estava faminto , deixa eu respirar – rimos.
- Será que poderia me contar , o que você faz aqui ?
- Deixa eu só terminar aqui , que eu te conto tudo.
Esperei ele terminar de jantar e quando acabou , tomou um copo com água e olhou pra mim dando um sorriso fechado. Agora sim , iríamos conversar :
- Antes de tudo eu queria dizer que você é uma louca.
- Eu ? Porque ? O que eu fiz ?
- Saiu com um estranho. Você é louca , Andressa. Está em um país desconhecido , em uma cidade desconhecida e saindo com um desconhecido , tem sérios problemas.
- (risos) Confiei em você , vi que não era uma pessoa ruim.
- As aparências enganam , hein ?
- Porque ? Você vai me sequestrar ou me matar ? Conta logo , porque eu já ligo pra minhas amigas , pedindo socorro – rimos. – Bobo !
- Você que é boba e maluca. Será que podemos dá uma volta ?
- Não sei se é uma boa ideia , depois disso que me contou – fiz careta.
- Uai , já saiu do hotel e veio jantar comigo.
- Mas é ao lado , qualquer coisa eu posso gritar e sair correndo que você não vai me alcançar. Posso pedir para aquele segurança ir nos seguindo ? – perguntei apontando para o segurança que estava na porta do restaurante.
- Você quer ? Eu posso chamá-lo. Mas você não irá precisar , jamais faria algo com uma pessoa , principalmente com uma mulher. E também poderia me sujar , eu perder todos os meus ‘’ clientes ‘’ – ele disse fazendo aspas no ar. – Eu realmente sou uma pessoa de confiança , só quero passear um pouco com uma pessoa , assim eu vou esquecer os problemas que tive por hoje. Passei um dia louco em um estúdio.
- Tudo bem , estou confiando. Senhor Marcos !
Ele sorriu e pediu que eu esperasse , ele iria pagar o jantar  e o bolo , que fez questão de pagar. Me levantei e já fui para a porta , ao lado do segurança. Ele trabalhava em um estúdio , agora só faltava saber se era um fotografo , iria fazer essa pergunta quando começássemos a passear , pela a redondeza.
Marcos veio ao meu encontro , cumprimentou o segurança , eles já se conheciam. Na verdade todos ali no restaurante , conhecia o Marcos , fiquei impressionada e assustada , pois se ele fosse um assassino , ele teria vários cúmplices. Sorri com o meu pensamento e ele me olhou , também sorrindo :
- Posso te fazer uma pergunta ?
- Pode ! – tomei a liberdade de ficar com os braços dados com ele , estava quietinho , ele usava um casaco enorme e aconchegante.
- Você é fotografo ?
- Irei responder você , depois que passarmos naquele restaurante mexicano.
- Ah ! Meu Deus , você me enrola – bati em seu braço com a outra mão.
- (risos) Não enrolo , vamos ter tanto tempo pra conversar.
- Tudo bem , mas comida mexicana leva muita pimenta.
- Sim , muita pimenta – ele sorriu e atravessamos a rua.
- Acho que não aguento. Mesmo assim obrigada pela o convite.
Marcos me abraçou de lado e continuávamos indo para o restaurante.
-  Marcos , eu não vou comer essa comida.
- Vai sim , é só para experimentar.
- Se eu morrer na pimenta , eu venho puxar seu pé.
- Tudo bem , senhora alma. Mas para de ficar me agradecendo.
- Seu sotaque é tão lindo de ouvir.
- Você acha mesmo ? Eu acho ele muito caipira.
-  (risos) É encantador , muito lindo e eu adoro.
- O seu sotaque também é bonito. Você deve está com frio não é ?
- Não muito , porque ? – olhei pra ele que estava olhando para frente.
- O seu rosto está rosinha – Marcos agora me olhava. Beijou o meu rosto e me apertou em seus braços. Entramos no restaurante e os meus olhos lacrimejaram , já pude sentir a pimenta naquele lugar.
Nos sentamos em uma mesa próxima a saída , ele olhou o cardápio e chamou o garçom , pedindo algo só para experimentar :
- Você vai me engordar , menino.
- Não vou , menina. Esse é levinho.
- Não é nada levinho. Responde a minha pergunta.
- Não sou fotografo.
- Ah ! Obrigada por responder – senti que ele não queria falar muito do assunto. Isso começou a me assustar , comemos o que ele pediu e rimos bastante naquele lugar , Marcos era um louco , fazia muitas palhaçadas enquanto comia.
Voltamos para o hotel após aquela refeição , foi divertido o nosso passeio. Me assuntei quando ao sair do restaurante , quatro pessoas pediram uma foto com o Marcos , muito gentil tirou e se despediu. Me pediu que eu comunicasse a Isabelle , que pela tarde após ás 14hs passaria em nosso quarto , para levá-la em algum lugar e iriam conversar.


Um comentário:

  1. Daqui a pouco mosquito da dengue vem aqui fazer uma visita..mas parada que água parada!

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