terça-feira, 2 de julho de 2013

Capítulo 11

- Vai dar tudo certo , filha !
- Mãe , eu estou com medo que seja algo grave.
- Não vai ser nada grave , você vai ver.
As menina tinham contado para a minha mãe que eu tinha passado mal na balada. Minha mãe já queria me levar no hospital para ver o que estava acontecendo comigo , mas eu disse que tinha sido coisa pouca que não precisaria de médico , pois eu já estava bem. Porém , três dias depois comecei a sentir bastante enjoos e tontura , aquilo preocupou os meus pais e a mim também. Meu pai queria até ‘’ abandonar ‘’ o seu trabalho para ir comigo no hospital , ele sempre foi muito preocupado , eu era filha única , entendia sua preocupação. Quem acabou indo comigo no hospital , foi a minha mãe , ela me acompanhou em todos os exames em um dia só e disse que só sairia do hospital quando pegasse o resultado dos meus exames. Fiz uma ultrason , exame de sangue entre outros , o que me deixou mais preocupado pelo o médico ter pedido tantos exames. Mas agora eu e minha mãe estava na sala de espera :
- Que demora !
- Calma , mãe – ri do nervosismo dela.
Mais um minuto e avistamos a enfermeira nos chamar , minha mãe saiu disparada em  minha frente. E eu atrás dela e da enfermeira , estralando os dedos do nervoso que estava. A enfermeira nos levou até a sala do médico :
- Vocês podem se sentar , por favor.
- Doutor , pelo amor de Deus. Diga logo o que minha filha tem , já corremos para fazer algum tratamento , tem cura isso não tem ? – minha mãe disparou a falar.
- Calma !  Dona Mariana. Sua filha não tem nada de grave. Mas deve ser cuidado , por um ginecologista , esse é o mais indicado para esse caso.
- Ginecologista ? Que caso ? O que ela tem ?
- Sua filha está grávida !
- O QUE ? – gritei dentro da sala do médico. – Não ! Isso é impossível , esse exame não é meu. Vocês se enganaram , eu não transei com ninguém.
- Três semanas.
- Três semanas ? Não , gente ! – sentei na cadeira , arrasada.
- Três semanas , doutor ? Há três semanas você estava em São Paulo ?
- Mãe , eu realmente não sei como isso foi acontecer.
- Quem foi o rapaz , Andressa ?
- Bom ! O meu trabalho eu já fiz , vou te encaminhar para o ginecologista e você vai ter que começar a fazer os seus exames direitinho.
Eu e a minha mãe saímos do hospital em silêncio , entramos no carro em silêncio. Mas quando chegamos em casa , ela começou a me falar um monte :
- Eu não vou te dar as costas nesse momento , Andressa. Mas você foi muito irresponsável. Meu Deus ! Você está prestes a terminar sua faculdade e seguir a sua tão sonhada carreira de modelo e olha o que você faz.
- Mãe , eu não sei como isso foi acontecer.
- Você sabe muito bem como isso foi acontecer , você sabe o que você fez.
- Mãe !
- Meu Deus ! O seu pai vai te matar , Andressa – comecei a chorar na frente dela. Até que ela mesmo se ajoelhou em minha frente. – Não esconde de mim , quem foi o rapaz ? Você fez sexo com quem ?
- Eu não lembro , mãe – chorava mais ainda , menti. Era claro que eu lembrava , a única pessoa que eu tive relações foi com o Luan , a dúvida que eu estava se ele tinha ou não usado camisinha tinha acabado , ele não usou camisinha.
- Como não lembra , filha ?
- Na verdade eu estava bêbada e eu só lembro de ter ido pra  um motel com um rapaz que eu conheci na balada. Eu só lembro disso – menti mais uma vez , eu não queria dizer que era o Luan , iria prejudicá-lo na carreira e em seu relacionamento.
- Bêbada ? Eu não acredito.

- O que você não acredita , Mariana ? – meu pai tinha chegado.

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