- Não ! Foi um
amigo. Não tem nada de namorado , filho.
- É que você deu um beijo nele.
- Eu dei um beijo
nele ? Não , foi no rosto.
- Não quero marmanjo
que eu não conheço em cima das minhas filhas ,hein ?
- Para de coisa ,
não tem marmanjo nenhum. E você vai ter que aceitar um dia , vou casar quando
me aparecer o cara certo , vou morar com ele junto com as minhas filhas e você
não pode falar nada. Você também é casado , Luan.
- Só que o meu lado
é diferente. Elas já me conheceram eu tendo um compromisso e você , esse tempo
todo sempre foi solteira. Elas vão estranhar , elas vão chorar , sei lá.
Dei uma risada e
fiquei do seu lado.
- Não precisa ficar
com ciúmes das suas filhas , elas não vão te esquecer.
- Eu tenho medo que
elas me rejeitem um dia. Falem que só porque não estamos juntos , eu não mereço
o carinho e o respeito delas.
- Luan , elas te ama
muito , elas te amavam bem antes de saber que você era o pai delas. Nunca vão
te abandonar , você é o eterno papai das minhas filhas.
- Promete pra mim ?
- Prometo.
As crianças foram
para o quarto assistir um desenho , enquanto fiquei ao lado do Luan conversando com ele , uma vez ou outra
enquanto ele ria , me abraçava de lado , me apertando forte e ás vezes me
irritava com uma mordida na bochecha :
- Vou contar pra
minha mamãe – João Vinicius apareceu nos pegando daquele jeito.
- Contar o que ,
filho ?
- Que você deu
beijinho na mamãe da Laurinha e da Julinha.
- Mas é só um beijo
no rosto , vem aqui pra eu te dá também.
- Não ! Eu vou
contar pra minha mamãe.
- Então conta – Luan
segurou o meu rosto me fazendo lhe olhar.
- Não se atreva a
fazer isso. Não quero confusão , você sabe.
- Não iria fazer
nada – ele respirou fundo. – Eu vou pro apartamento , daqui a pouco sua mãe está chegando e a Jade vai começar a pensar coisas.
- Certo , obrigada
pelo os conselhos – me levantei junto com ele.
- Não precisa
agradecer. Conta comigo , quando quiser desabafar pode me ligar que a gente
conversa por telefone ou se eu estiver perto eu venho até aqui.
- Obrigada – lhe
abracei.
- Filhas , o papai
está indo – o Luan dizia. Elas apareceram e foram se despedir do pai.
{ ... }
Duas semanas se
passaram e eu não tive nenhum contato com o Marcos depois do aeroporto. Aquilo
óbvio me machucou demais , pensei que ele era uma pessoa séria , que cumprisse
o que falasse , mas só me enganou. Marília e Isabelle foram para São Paulo ,
passar um final de semana comigo , ao contar aquilo elas ficaram nervosas ,
talvez querendo falar algo ,mas não podia.
Já na segunda , elas
foram embora. E eu continuei trabalhando duro e minhas filhas indo para a
escolinha. Minha mãe tinha voltado para Londrina e o meu pai apareceu ficando
comigo uns três dias , ele comprou um carro pra mim , para que eu usasse ali na
grande São Paulo , já que eu utilizava sempre um taxi , conhecido.
Agora tudo estava
mais fácil , ia para o trabalho tranquila e pegava as minhas filhas também
tranquila. Na sexta-feira , a Laura e Júlia tinham aula de balé , a primeira
vez que levei as duas para ver uma aula , se encantaram , mesmo pequenininhas.
Sai do trabalho cedo naquele dia e fui para casa , não era de buscá-las na
aulinha.
Ao chegar no meu
apartamento , tomei um banho e fui comer alguma coisa , estava terminando a
minha comida quando a campanhia tocou , não parava um instante de tocar a
campanhia já estava ficando maluca com aquele barulho :
- Já vai , nossa ! –
abri a porta e me deparei com a pessoa. – Não acredito !
Deve ser a tal da Jade.
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