terça-feira, 13 de agosto de 2013

Capítulo 63

- Não ! Foi um amigo. Não tem nada de namorado , filho.
 - É que você deu um beijo nele.
- Eu dei um beijo nele ? Não , foi no rosto.
- Não quero marmanjo que eu não conheço em cima das minhas filhas ,hein ?
- Para de coisa , não tem marmanjo nenhum. E você vai ter que aceitar um dia , vou casar quando me aparecer o cara certo , vou morar com ele junto com as minhas filhas e você não pode falar nada. Você também é casado , Luan.
- Só que o meu lado é diferente. Elas já me conheceram eu tendo um compromisso e você , esse tempo todo sempre foi solteira. Elas vão estranhar , elas vão chorar , sei lá.
Dei uma risada e fiquei do seu lado.
- Não precisa ficar com ciúmes das suas filhas , elas não vão te esquecer.
- Eu tenho medo que elas me rejeitem um dia. Falem que só porque não estamos juntos , eu não mereço o carinho e o respeito delas.
- Luan , elas te ama muito , elas te amavam bem antes de saber que você era o pai delas. Nunca vão te abandonar , você é o eterno papai das minhas filhas.
- Promete pra mim ?
- Prometo.
As crianças foram para o quarto assistir um desenho , enquanto fiquei ao lado do  Luan conversando com ele , uma vez ou outra enquanto ele ria , me abraçava de lado , me apertando forte e ás vezes me irritava com uma mordida na bochecha :
- Vou contar pra minha mamãe – João Vinicius apareceu nos pegando daquele jeito.
- Contar o que , filho ?
- Que você deu beijinho na mamãe da Laurinha e da Julinha.
- Mas é só um beijo no rosto , vem aqui pra eu te dá também.
- Não ! Eu vou contar pra minha mamãe.
- Então conta – Luan segurou o meu rosto me fazendo lhe olhar.
- Não se atreva a fazer isso. Não quero confusão , você sabe.
- Não iria fazer nada – ele respirou fundo. – Eu vou pro apartamento , daqui a pouco sua  mãe está chegando e a  Jade vai começar a pensar coisas.
- Certo , obrigada pelo os conselhos – me levantei junto com ele.
- Não precisa agradecer. Conta comigo , quando quiser desabafar pode me ligar que a gente conversa por telefone ou se eu estiver perto eu venho até aqui.
- Obrigada – lhe abracei.
- Filhas , o papai está indo – o Luan dizia. Elas apareceram e foram se despedir do pai.

{ ... }

Duas semanas se passaram e eu não tive nenhum contato com o Marcos depois do aeroporto. Aquilo óbvio me machucou demais , pensei que ele era uma pessoa séria , que cumprisse o que falasse , mas só me enganou. Marília e Isabelle foram para São Paulo , passar um final de semana comigo , ao contar aquilo elas ficaram nervosas , talvez querendo falar algo ,mas não podia.
Já na segunda , elas foram embora. E eu continuei trabalhando duro e minhas filhas indo para a escolinha. Minha mãe tinha voltado para Londrina e o meu pai apareceu ficando comigo uns três dias , ele comprou um carro pra mim , para que eu usasse ali na grande São Paulo , já que eu utilizava sempre um taxi , conhecido.
Agora tudo estava mais fácil , ia para o trabalho tranquila e pegava as minhas filhas também tranquila. Na sexta-feira , a Laura e Júlia tinham aula de balé , a primeira vez que levei as duas para ver uma aula , se encantaram , mesmo pequenininhas. Sai do trabalho cedo naquele dia e fui para casa , não era de buscá-las na aulinha.
Ao chegar no meu apartamento , tomei um banho e fui comer alguma coisa , estava terminando a minha comida quando a campanhia tocou , não parava um instante de tocar a campanhia já estava ficando maluca com aquele barulho :

- Já vai , nossa ! – abri a porta e me deparei com a pessoa. – Não acredito ! 

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