- Sim ! Eu aceito –
com a voz embargada pelo o choro eu aceitei
o seu pedido de
casamento.
Marcos me deu um
abraço apertado e um beijo em seguida. Olhei para os lados e todos presente
estavam emocionados.
- Vamos continuar o
churrasco.
Os meus pais foram
falar com o Marcos. Já estavam sabendo e eu era a única daquela casa que não
sabia de nada. Foi uma noite agradável e mais ainda depois do churrasco , no
quarto que eu estava com o Marcos , ele fez uma bela declaração de amor e
finalizamos nossa noite , nos amando com cuidado.
No dia seguinte
acordei primeiro que o Marcos , ele se mexeu na cama e se espalhou todo , mas
se assustou com algo e abriu os olhos :
- O que foi , amor ?
– passei a mão em seu rosto.
- Pensei que tinha
te machucado. Ô minha gatinha , acordada essa hora porque ?
- Não sei ! – rimos
- Vem pra cá , meu
amor.
- Não amor , eu vou
descer estou com fome também , o bebê já quer ser alimentado.
Marcos passou a mão
em minha barriga e deu um sorriso.
- Então vai
alimentar nosso bebê. Mas não exagera , depois fica passando mal. E eu não
quero te ver mal , não.
- Pode deixar ! –
selei seus lábios e fui fazer minhas necessidades , em seguida coloquei uma
roupa simples e desci as escadas, logo escutei risadas. Estavam na cozinha
tomando café da manhã.
- Olha nossa bela
noiva – dizia a minha sogra , sorri para ela e após cumprimentar todos que
estavam na cozinha com um beijo no rosto
fui até ela e lhe dei um abraço.
- O Marcos está
dormindo ?
- Sim , pai. Ficou
dormindo.
- Filha , vamos na
cidade quer ir com a gente ?
- Pode ser. Gente ,
cadê minhas filhas ? Deixa eu ir no quartinho delas.
Sai da cozinha e fui
até o quarto das minhas princesas. Como estavam em colchões no chão , já que
dormiram com os meus pais , fiquei no meio das duas. Alisando o rostinho das
duas , dormiam feito um anjo.
- Amo tanto vocês !
Laura se mexeu e
abriu os olhinhos dei um sorriso e logo depois
um beijinho na pontinha do seu nariz :
- Oi meu amorzinho.
Dormiu bem ? – ela confirmou com a cabeça. – Que bom ! Vamos passear com a
mamãe e a vovó ?
- Pra onde , mamãe ?
- Lá no centro da
cidade.
- Eu queria o meu
pai.
- Você quer o papai
?
- Sim ! Chama ele
pra cá ?
- O papai não pode
vim.
- Porque ?
- Porque ele tem
compromissos e tem o Joãozinho e a Jade pra cuidar.
- E o papai não pode
cuidar da gente como antes ? Tenho saudades do papai.
Como estava um pouco
claro , pude ver nos olhos da minha filha , lágrimas se formando e aquilo me
partiu demais o coração.
- O papai tem muitos compromissos e não pode ir
cuidar de você e da sua irmã , sempre. Mas quando ele puder , vai vim correndo
ver vocês – ela colocou a cabeça sobre o meu peito e começou a chorar. Aquilo
partiu meu coração.
Sabia que era cedo e
que talvez o Luan não poderia atender, mas não queria ver minha filha triste,
com certeza apenas um ‘’ oi ‘’ já lhe deixaria feliz. Peguei o meu celular e
disquei o número do Luan , que chamou por muitas vezes até cair na caixa
postal. Liguei mais uma vez e na terceira chamada atenderam :
- Luan ?
- Não tem nenhum
Luan , aqui moça. Acho que se enganou.
- Me desculpa !
Tentei por tantas
vezes aquele número e sempre caia naquele cara desconhecido. Tinha o número da
Jade e então criei coragem e liguei :
- Alô !
- Jade ? – estava nervosa
, ela não me suportava mais.
- Oi , quem é ?
- E a ... Andressa.
- Oi ...
- O Luan está com
você ?
- Dormindo , é bem
cedo para ligar pra alguém , não acha ?
- Acho , acho muito.
Mas passa pra ele por favor ? É a Laurinha querendo ouvir a voz dele um
pouquinho , nem que seja ele roncando – ri , mas ela continuou calada.
- Não quero discutir
com o Luan , ele está de mau humor desde ontem.
- Fica tranquila ,
não vai acontecer nada entre vocês.
- Eu espero !
Ouvi passos e logo
depois ela falando com o Luan , escutei ele resmungar :
- Não poderia ter
dito que eu estava dormindo ? Fala pra ela isso depois falo ...
- Ele disse ...
- Eu ouvi , Jade.
Coloca no ouvido dele , eu quero dizer uma coisa é rápido.
- Pode falar ... –
ouvi o Luan dizer baixinho.
- Oi , Luan. Me
desculpa está te acordando , ligando essa hora , mas ...
- Não enrola ,
Andressa. Diz logo , estou super cansado.
- Tudo bem. Você tem
um filho , mora com ele e todas as vezes que ele quer ouvir um oi seu ou uma
boa noite , te ligam e seja a qualquer momento você fala com ele. Sem discutir
com ninguém. Eu acho que você se esqueceu que existe a Laura e a Júlia ainda
aqui que precisa também de sua atenção , justamente porque você cuidou delas
quando eram pequenas e viu elas crescerem mesmo sem saber que era pai. Faz
quase um mês que você não liga pra saber delas , se não for mais do que isso. É
eu acho que é mais . Hoje vim ver suas filhas no quartinho aqui – minhas voz
embargou , respira Andressa. – A Laura perguntou de você e até chorou com
saudades. E eu liguei só pra dizer que ela queria ouvir alguma coisa vindo de
você , porque elas sentem sua falta , mesmo que você não sinta a falta delas.
Mas , me desculpa ter feito isso , você não tem nenhuma obrigação com elas. Era
isso , tchau.
- Mamãe deixa eu
falar com ele por favor.
- Não filha ! O papai
não pode falar agora.
- Andressa , eu ...
- Não fala nada ,
Luan.
- Por favor ! Mamãe –
ela chorava.
- Filha ! – Passa pra ela , Andressa.
Desliguei o celular
e abracei minha filha forte enquanto ela chorava.
- Calma meu amor. Vamos passear. Deixa eu
acordar sua irmã pra gente sair.
Acordei a Júlia com
beijos no rosto enquanto isso a Laura ainda chorava.
A porta do quarto se
abriu :
- Meu Deus ! O que
aconteceu aqui ? Brigou com minha princesa ? – perguntou o Marcos , ele estava
de cueca box , fechou a porta e se deitou ao lado da Laura que ainda chorava
muito.
- Ela só queria
falar com o pai , dela.
- Liga pra ele ,
então.
- Ele não quer –
disse baixo para ela não escutar.
- Entendi ! Eii ,
meu amor não chora. Vou te conta ruma história ,
promete não chorar ?
– ela negou com a cabeça , Marcos riu e contou uma história pra ela que lhe fez
rir , Júlia entrou na brincadeira quando ele começou a fazer cócegas. Enquanto
isso fui separando a roupa das meninas saírem.
Após o café da manhã
, fomos para o centro da cidade , Marcos não quis ir e nem os outros homens.
Indo apenas , eu , minha sogra , minha mãe , minhas filhas e as outras tias
tudo mulher. Paramos em uma praça onde tiramos fotos com todas aquelas coisas
gigantes que existia ali.
Uma das tias do
Marcos levou as meninas para o balaço que tinha ali , já que viu a Laura um
pouco tristinha , meu celular tocou era um número desconhecido.