terça-feira, 24 de junho de 2014

Capítulo 95



- Você realmente estava com saudades desse momento ? - perguntei ao Luan, estava com a minha cabeça sobre o seu peito e com nossas mãos entrelaçadas.
- Estava muito - ele beijou a minha mão. - E você não estava ?
- Claro que estava, meu amor.
- Bom saber, você poderia viajar comigo não é ?
- Viajar ? Mas pra onde  ?
- Amor ! Eu ainda faço show se não se lembra, semana que vem começo a turnê e você poderia falar com sua mãe pra ficar com as gêmeas, e ir viajar comigo.
- Não sei, amor. Laura e Júlia não vão gostar nada disso, de deixar elas aqui.
- Mas você poderia conversar com elas, vão entender. Sua mãe não é ruim com elas, com certeza vão querer ficar. Faz essa forcinha, vai ? Queria você comigo pelo menos uma semana. E aí, vai aceitar meu pedido ?
- Vou conversar com as meninas primeiro e depois falo com você, pode ser ?
- Pode ser sim, me dá a resposta depois de amanhã ?
- Já ?
- É, porque já comunico ao Wellington e ao testa que você vai.
- E eles precisam saber que eu vou é ? - perguntei rindo.
- É porque ás vezes eles levam as namoradinhas deles com a gente, aí fica sem espaço no jatinho, entendeu ? Quero que me diga logo, porque já aviso a eles.
- Tudo bem, amanhã eu te aviso.
- Agora ... - ele soltou a minha mão e ficou de lado com a cabeça apoiada no seu braço. - Eu quero um beijo da minha namorada, do meu amorzinho.
- Um não, eu dou milhares de beijinho em você - fui para lhe dar um beijo, mas ele se afastou. - Ué, não quer mais beijo ?
- Eu quero um beijo, não beijinho, certo ?
- (risos) Pode deixar - lhe dei um beijo caprichado. Escutamos a minha mãe me chamar, e nos afastamos rapidamente. - JÁ VOU, MÃE !
- O Luan está com você, filha ?
- Sim, sim ! Cadê minhas filhas ? - perguntei enquanto me vestia e o Luan também.
- Estão no banheiro, estou indo banhar elas.
Eu e o Luan saímos do quarto e passamos aquele dia com as nossas filhas, conversamos com elas sobre a viagem que eu iria fazer, no começo choraram pedindo para o Luan levá-las, mas depois a minha mãe convenceu elas de ficarem e que iriam fazer muitas coisas divertidas.

{...}

Estava tudo pronto eu iria encontrar o Luan no hangar em São Paulo, seguiríamos para alguns shows no nordeste. Ás 15h da tarde, ja estava a caminho do aeroporto, com certeza teria fãs por lá, seria a primeira vez que elas iriam me ver tão de perto, e isso me assustava, não sabia muito bem qual seria a reação das meninas. O taxi parou em frente a um grande portão e esperamos o segurança vim até nós:
- Boa tarde, posso ajudar ? - o segurança perguntou.
- Oi tudo bem ? Meu namorado está quase decolando em seu jatinho, será que tinha como você liberar o portão para entrarmos ?
- Tem autorização ? - fiquei pensando, o Luan disse que o Rober já tinha liberado a minha entrada. - Ah ! Um baixinho deve ter falado com você.
- Andressa ! - uma das meninas bateu na janela do taxi, fazendo com que as outras se aproximassem. Começaram a bater na janela do taxi.
- Vou ver com o outro segurança, porque comigo ninguém falou nada.
- Tudo bem - enquanto isso, abaixei a janela. - Oi meninas, tudo bem ?
Tirei os meus óculos escuro, e elas começaram a falar ao mesmo tempo.
- (risos) Calma, meninas, uma de cada vez por favor.
- Eu primeiro, Andressa.
- Tudo bem, flor.
- Andressa, eu acabei de chegar aqui e perdi de ver o Luan, por favor quando entrar manda ele vim aqui, ou então manda um beijo pra ele, ou então toma ... toma aqui o presente que eu comprei pra ele, entrega por favor.
- Não sei se o Luan vai voltar, ele daqui a pouquinho vai decolar, mas eu mando todos os beijos e entrego todos os presentes - elas colocavam os presentes dentro do taxi, e eu ficava assustada com o desespero de algumas. - Calma meninas !
- Está liberada - disse o segurança.
- Vou indo, meninas.
- Felicidades, Andressa. Que você e o Luan sejam muito felizes.
- Obrigada de coração. Preciso ir, porque já estou atrasada, beijos - me despedi das meninas e o taxi seguiu até onde o Luan estava.
- Posso tirar uma foto com ele ? - o taxista perguntou sem jeito.
- (risos) Claro ! Me ajuda com essas coisas ?
- Ajudo ! - sai do carro e olhei para o Luan que estava de touca, óculos escuro e lindo com sua calça, blusa vermelha e chinelinho. Pedi que esperasse onde estava, peguei os presentes enquanto o rapaz me ajudava com as malas.
- Oi, Andressa - disse Wellington.
- Oi, Well - cumprimentei com dois beijos no rosto.
Wellington ajudou o taxista com a minha mala, e com os presentes, enquanto eu checava se não tinha esquecido nada. Chamei o Luan para que o taxista tirasse a foto com ele:
- Obrigado, Luan.
- Obrigado você rapaz, por ter trazido minha namorada em segurança.
Os dois apertaram as mãos e o rapaz foi embora. Luan me olhou de lado e deu um sorrisinho.
- O que foi meu amor ? - perguntei alisando seu rosto, com sua barba que estava crescendo e era tão macia, lisinha. Luan não me respondeu, apenas sorriu, me deu um abraço e um selinho demorado.
- Partiu, nordeste ? - apertou a minha cintura, ele sabia o quanto eu odiava aquilo, pois fazia cócegas. - (risos) Tem cócegas, Andressa Lima.
- Me deixe ! - empurrei sua mão que vinha até a minha cintura novamente.
Entramos no jatinho, Luan já se sentou e eu fiquei em sua frente, ele muito folgado, tirou os chinelo e colocou os seus pés em meu colo.
- Muito folgado você, rapaz - fiz cócegas em seus pés.
- Para menina ! - ele tirou seus pés do meu colo. Fomos o caminho até a Bahia, conversando rindo das piadas do Roberval, das brincadeiras do Wellington com o Luan.
Ao chegar na Bahia, mais uma recepção calorosa, as fãs gritando o seu nome, ele foi até elas onde tirou fotos, pegou os presentes. Eu já estava dentro da van lhe esperando.
Até agora foi tudo tranquilo, nenhuma de suas fãs me ofenderam ou algo do tipo.
Partimos logo em seguida para o hotel e lá tinha mais fãs, que pediram até foto comigo, atendi retribuindo o carinho que me passavam, e fui para o quarto junto com o Luan:
- Vamos tomar banho juntos ?
- Vamos ? - tirei a minha roupa olhando pra ele.
- Vamos economizar água - selei seus lábios e partimos para um banho calmo, sem malicias, mas com tantos beijos apaixonado. Ao sair do banheiro, coloquei um vestidinho leve e fui para a cama, com o meu livro que tentava terminar de ler, mas nunca conseguia.
Luan apareceu apenas com uma cueca box verde com preto e sentou ao meu lado, colocando o cobertor por cima de nossas pernas. Ele olhou a capa do meu livro e deu um sorriso, não entendi, até que:
- Seria legal você começar de novo pra gente ler junto - ele disse me apertando em seus braços forte.
- Legal é você fica mudo pra eu conseguir ler - disse rindo.
- Que parte você está ? - me perguntou, parecia interessado.
- Esse parágrafo aqui,  há uns 15 minutos - mostrei para o Luan.
- Ah ! Eu estou aqui. -  começou a ler em voz alta. - Théo entra no quarto e procura a chave. Ué, mas ele já não achou a chave ?
- É outra chave, essa é a chave do quarto que ele está agora.
- Ah ! E quantas chaves tem ?
- Eu não sei, eu tenho que ler pra saber. Xii ! Fica caladinho, deixa eu terminar.
Luan se calou apenas por alguns segundos.
- Théo sente que tudo depende da chave, ele precisa agir - segurava o riso. - Olhar meigo, e as linhas do corpo suave... o rosto suave, olhar concentrado, sempre atento.
Luan parou de ler e depois soltou alto:
- É quase um romance né ?
- Que eu quero ler ... deixa eu ler ? Ele perdeu a família, ai ele ... - parei de falar e olhei para o Luan. - Você não quer ler coisa nenhuma, né ?
- Ah, sabe o que é ? - Luan ficou em minha frente.
- Hmm ...
- Eu prefiro mil vezes namorar.
- Ah, porque você não falou ?
- Você queria ler.
- Queria, mas você não deixa.
- Aah ! Faz o biquinho que eu deixo, vai.
- Não faço, nada.
- Por favor ? - olhei para o Luan sem jeito e fiz o bico que ele tanto queria. - AAh !
Me deu vários beijos pelo o rosto, na boca, no pescoço.
- Muito melhor, muito melhor que esse Théo e a família desaparecida dele.
- Maleta - apertei sua bochecha.
- Que você gosta - ele também apertou a minha.
- Que eu amo ...
- Eu amo mais ...
- E se fosse comigo ?
- Se fosse com você o que ?
- O desaparecimento, você ia atrás ?
- Ah, eu ia. Mas eu dúvido que o bandido iria deixar essas pista que
 tem no livro pelo o caminho.
- É porque não foi o bandido, tá na cara.
- Foi a  mulher dele ?
- Acho que sim - era uma conversa, meio boba, mas com ele eu conversava todas as coisas bobas se fosse preciso. Com ele eu fazia tudo.
- Vamos deixar esse livro pra lá, essa história chata pra lá.
- Não é chata.
- É sim, meu amor, vem vamos ficar agarradinhos.
Ficamos abraçadinhos na cama e acabamos adormecendo. O show só seria 01:00 da manhã, por tanto dava para dormir bem, se arrumar tranquilamente e ir para o local do show. Porém, muitas surpresas nos aguardava.

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