Ás 23:00 já
estávamos nos aprontando para ir ao show, Luan ficava o tempo todo arrumando o
cabelo dele, não me deixando arrumar o meu:
- Me deixa
arrumar o meu cabelo, será que posso ? - perguntei empurrando ele um pouco.
- Espera um
instantinho.
- Mais do que eu
já esperei é impossível. Sai, Luan. Se não vamos nos atrasar.
- Vai lá – mordeu
meu pescoço, e quando eu iria lhe bater saiu correndo do banheiro.
Roberval passou
20 minutos depois no quarto, descemos todos juntos, Luan atendeu algumas fãs no
hall do hotel e também fora do hotel, e partimos na van para o local do show.
Na entrada até o camarim o Luan foi acenando para suas fãs que lhe esperavam,
assim que ele já estava no camarim sai da van, também falando com as fãs dele.
Entrei no camarim e o Luan dançava e cantava, ao me ver se aproximou e segurou
a minha cintura:
- Fala no meu
ouvido bem baixinho que me ama e me leva de uma vez pra sua cama – fiquei parada
enquanto ele rebolava na minha frente, me fazendo rir. – Poxa ! Rebola também.
- Não, amor. Vai
se arrumar pra atender suas fãs.
- Eu vou, se
falar baixinho no meu ouvido que me ama e depois me dá um beijo.
Me aproximei mais
dele, mesmo com vergonha pois todos estavam vendo:
- Eu te amo,
muito – falei baixinho em seu ouvido e beijei seu rosto.
- Aêê ! –
Roberval, Marla, Marreta, Wellington começaram a aplaudir.
- Vai deixar
minha namorada com vergonha – Luan riu e me abraçou forte.
- Vamos se
preparar, vai começar o atendimento primeiro da imprensa. Andressa, vai ficar
aqui mesmo ou vai para o camarim da banda ?
- Vou com a
Marla, pra deixá-lo mais a vontade.
- Mais a vontade
? Uai, eu me sinto a vontade com você, meu amor.
- Eu sei, amor.
Mas é melhor eu ir, boa sorte nas entrevistas – lhe dei um selinho e sai do
camarim com a Marla, mas logo ao sair uma moça e um rapaz nos pararam.
- Olá ! Você é a
Andressa não é ? – o rapaz me perguntou.
- Sim, sou eu mas
tenho que ir com ela – disse apontando para a Marla.
- É só 20
minutos.
- Tudo bem !
- Bom, somos de
uma revista masculina – assim que ele falou, comecei a rir já imaginava o que
seria. – (risos) E queriamos te fazer uma proposta. Tinha como passar o seu
contato para conversarmos mais a vontade, falar sobre a proposta ?
- Po-pode ser,
tem como anotar ?
- Temos – a moça
pegou um caneta e um papel.
- Algum problema
aqui ? – perguntou o Claudio, segurança do Luan.
- Não, Claudio.
Só estamos conversando um pouquinho aqui.
- Qualquer coisa
pode chamar.
- Fica tranquilo
!
- Andressa, eu
vou indo pro camarim, nos vemos lá.
- Tudo bem,
Marla.
Anotei o meu
número para a moça e lhe entreguei.
- Iremos ligar
pra você em breve e conversaremos sobre isso.
- Tudo bem,
aguardo a ligação de vocês. Agora vou indo – cumprimentei eles e fui para o camarim
da banda. – Nossa ! Que engraçado isso que aconteceu.
O pessoal da
banda perguntou e quando disse o que se tratava todos ficaram rindo.
- Mas se o Luan
sonha com isso, rapaz – disse o Fernando Baron rindo.
- Você vai dizer
a ele ?
- Claro que vou
gente – ri junto com eles. – Mas já estou imaginando a cara dele.
Quando todo o
atendimento já tinha passado, da imprensa e dos fãs, fui para o camarim do Luan
que estava se aquecendo, fiquei na sua frente sorrindo pra ele:
- O que foi ? –
me perguntou.
- Nada ! – dei
risada.
- Vai me conta
logo ... – parou o seu aquecimento e se aproximou de mim.
- Eu preciso te
contar uma coisa, mas prefiro fazer isso depois do show.
- Porque ? Já
está me preocupando, conta.
- Não precisa se
preocupar. Faz seu show tranquilo.
- Não, Andressa –
colocou o celular na mesa, pareceu nervoso. – Me conta agora ...
- Calma !
- Uai, calma ?
Você fica enrolando pra me contar.
- Não precisa
ficar nervoso, Luan.
- Você vai me
contar agora ou não ? Depois eu não quero saber.
- Vieram me falar
sobre uma revista masculina...- parei de falar.
- Hmm – Luan deu
uma risada nervosa. – Vai conta !
- E eles vão me
ligar depois pra falar sobre o que vai ser.
- (risos) E o que
você acha que seja ? Uma entrevista ?
- Não sei, vou
saber assim que me ligarem.
- Qualquer coisa
que seja sobre essa revista masculina, você não vai fazer, beleza ?
- Porque ? E se
for mesmo só uma entrevista ?
- Uma entrevista
pra uma revista masculina ? Pirou, só pode.
- Não tem nada
demais.
- Ô – ele levantou
um dedo. – Não quero isso, beleza ?
- Vamos, Luan pro
palco.
- Boa Sorte ! –
arrumei um pouco a sua blusa.
- Obrigado –
selou os meus lábios e caminhou com o Wellington para o palco, lhe segui e
fiquei do ladinho do palco, vendo o seu espetáculo.