- Você realmente
estava com saudades desse momento ? - perguntei ao Luan, estava com a minha
cabeça sobre o seu peito e com nossas mãos entrelaçadas.
- Estava muito -
ele beijou a minha mão. - E você não estava ?
- Claro que
estava, meu amor.
- Bom saber, você
poderia viajar comigo não é ?
- Viajar ? Mas
pra onde ?
- Amor ! Eu ainda
faço show se não se lembra, semana que vem começo a turnê e você poderia falar
com sua mãe pra ficar com as gêmeas, e ir viajar comigo.
- Não sei, amor.
Laura e Júlia não vão gostar nada disso, de deixar elas aqui.
- Mas você
poderia conversar com elas, vão entender. Sua mãe não é ruim com elas, com
certeza vão querer ficar. Faz essa forcinha, vai ? Queria você comigo pelo
menos uma semana. E aí, vai aceitar meu pedido ?
- Vou conversar
com as meninas primeiro e depois falo com você, pode ser ?
- Pode ser sim,
me dá a resposta depois de amanhã ?
- Já ?
- É, porque já
comunico ao Wellington e ao testa que você vai.
- E eles precisam
saber que eu vou é ? - perguntei rindo.
- É porque ás
vezes eles levam as namoradinhas deles com a gente, aí fica sem espaço no
jatinho, entendeu ? Quero que me diga logo, porque já aviso a eles.
- Tudo bem,
amanhã eu te aviso.
- Agora ... - ele
soltou a minha mão e ficou de lado com a cabeça apoiada no seu braço. - Eu
quero um beijo da minha namorada, do meu amorzinho.
- Um não, eu dou
milhares de beijinho em você - fui para lhe dar um beijo, mas ele se afastou. -
Ué, não quer mais beijo ?
- Eu quero um
beijo, não beijinho, certo ?
- (risos) Pode
deixar - lhe dei um beijo caprichado. Escutamos a minha mãe me chamar, e nos
afastamos rapidamente. - JÁ VOU, MÃE !
- O Luan está com
você, filha ?
- Sim, sim ! Cadê
minhas filhas ? - perguntei enquanto me vestia e o Luan também.
- Estão no
banheiro, estou indo banhar elas.
Eu e o Luan
saímos do quarto e passamos aquele dia com as nossas filhas, conversamos com
elas sobre a viagem que eu iria fazer, no começo choraram pedindo para o Luan
levá-las, mas depois a minha mãe convenceu elas de ficarem e que iriam fazer
muitas coisas divertidas.
{...}
Estava tudo
pronto eu iria encontrar o Luan no hangar em São Paulo, seguiríamos para alguns
shows no nordeste. Ás 15h da tarde, ja estava a caminho do aeroporto, com
certeza teria fãs por lá, seria a primeira vez que elas iriam me ver tão de
perto, e isso me assustava, não sabia muito bem qual seria a reação das
meninas. O taxi parou em frente a um grande portão e esperamos o segurança vim
até nós:
- Boa tarde,
posso ajudar ? - o segurança perguntou.
- Oi tudo bem ?
Meu namorado está quase decolando em seu jatinho, será que tinha como você
liberar o portão para entrarmos ?
- Tem autorização
? - fiquei pensando, o Luan disse que o Rober já tinha liberado a minha
entrada. - Ah ! Um baixinho deve ter falado com você.
- Andressa ! -
uma das meninas bateu na janela do taxi, fazendo com que as outras se
aproximassem. Começaram a bater na janela do taxi.
- Vou ver com o
outro segurança, porque comigo ninguém falou nada.
- Tudo bem -
enquanto isso, abaixei a janela. - Oi meninas, tudo bem ?
Tirei os meus
óculos escuro, e elas começaram a falar ao mesmo tempo.
- (risos) Calma,
meninas, uma de cada vez por favor.
- Eu primeiro,
Andressa.
- Tudo bem, flor.
- Andressa, eu
acabei de chegar aqui e perdi de ver o Luan, por favor quando entrar manda ele
vim aqui, ou então manda um beijo pra ele, ou então toma ... toma aqui o
presente que eu comprei pra ele, entrega por favor.
- Não sei se o
Luan vai voltar, ele daqui a pouquinho vai decolar, mas eu mando todos os
beijos e entrego todos os presentes - elas colocavam os presentes dentro do
taxi, e eu ficava assustada com o desespero de algumas. - Calma meninas !
- Está liberada -
disse o segurança.
- Vou indo,
meninas.
- Felicidades,
Andressa. Que você e o Luan sejam muito felizes.
- Obrigada de
coração. Preciso ir, porque já estou atrasada, beijos - me despedi das meninas
e o taxi seguiu até onde o Luan estava.
- Posso tirar uma
foto com ele ? - o taxista perguntou sem jeito.
- (risos) Claro !
Me ajuda com essas coisas ?
- Ajudo ! - sai
do carro e olhei para o Luan que estava de touca, óculos escuro e lindo com sua
calça, blusa vermelha e chinelinho. Pedi que esperasse onde estava, peguei os
presentes enquanto o rapaz me ajudava com as malas.
- Oi, Andressa -
disse Wellington.
- Oi, Well -
cumprimentei com dois beijos no rosto.
Wellington ajudou
o taxista com a minha mala, e com os presentes, enquanto eu checava se não
tinha esquecido nada. Chamei o Luan para que o taxista tirasse a foto com ele:
- Obrigado, Luan.
- Obrigado você
rapaz, por ter trazido minha namorada em segurança.
Os dois apertaram
as mãos e o rapaz foi embora. Luan me olhou de lado e deu um sorrisinho.
- O que foi meu
amor ? - perguntei alisando seu rosto, com sua barba que estava crescendo e era
tão macia, lisinha. Luan não me respondeu, apenas sorriu, me deu um abraço e um
selinho demorado.
- Partiu,
nordeste ? - apertou a minha cintura, ele sabia o quanto eu odiava aquilo, pois
fazia cócegas. - (risos) Tem cócegas, Andressa Lima.
- Me deixe ! -
empurrei sua mão que vinha até a minha cintura novamente.
Entramos no
jatinho, Luan já se sentou e eu fiquei em sua frente, ele muito folgado, tirou
os chinelo e colocou os seus pés em meu colo.
- Muito folgado
você, rapaz - fiz cócegas em seus pés.
- Para menina ! -
ele tirou seus pés do meu colo. Fomos o caminho até a Bahia, conversando rindo
das piadas do Roberval, das brincadeiras do Wellington com o Luan.
Ao chegar na
Bahia, mais uma recepção calorosa, as fãs gritando o seu nome, ele foi até elas
onde tirou fotos, pegou os presentes. Eu já estava dentro da van lhe esperando.
Até agora foi
tudo tranquilo, nenhuma de suas fãs me ofenderam ou algo do tipo.
Partimos logo em
seguida para o hotel e lá tinha mais fãs, que pediram até foto comigo, atendi
retribuindo o carinho que me passavam, e fui para o quarto junto com o Luan:
- Vamos tomar
banho juntos ?
- Vamos ? - tirei
a minha roupa olhando pra ele.
- Vamos
economizar água - selei seus lábios e partimos para um banho calmo, sem
malicias, mas com tantos beijos apaixonado. Ao sair do banheiro, coloquei um
vestidinho leve e fui para a cama, com o meu livro que tentava terminar de ler,
mas nunca conseguia.
Luan apareceu
apenas com uma cueca box verde com preto e sentou ao meu lado, colocando o
cobertor por cima de nossas pernas. Ele olhou a capa do meu livro e deu um
sorriso, não entendi, até que:
- Seria legal
você começar de novo pra gente ler junto - ele disse me apertando em seus
braços forte.
- Legal é você
fica mudo pra eu conseguir ler - disse rindo.
- Que parte você
está ? - me perguntou, parecia interessado.
- Esse parágrafo
aqui, há uns 15 minutos - mostrei para o
Luan.
- Ah ! Eu estou
aqui. - começou a ler em voz alta. -
Théo entra no quarto e procura a chave. Ué, mas ele já não achou a chave ?
- É outra chave,
essa é a chave do quarto que ele está agora.
- Ah ! E quantas
chaves tem ?
- Eu não sei, eu
tenho que ler pra saber. Xii ! Fica caladinho, deixa eu terminar.
Luan se calou
apenas por alguns segundos.
- Théo sente que
tudo depende da chave, ele precisa agir - segurava o riso. - Olhar meigo, e as
linhas do corpo suave... o rosto suave, olhar concentrado, sempre atento.
Luan parou de ler
e depois soltou alto:
- É quase um
romance né ?
- Que eu quero
ler ... deixa eu ler ? Ele perdeu a família, ai ele ... - parei de falar e
olhei para o Luan. - Você não quer ler coisa nenhuma, né ?
- Ah, sabe o que
é ? - Luan ficou em minha frente.
- Hmm ...
- Eu prefiro mil
vezes namorar.
- Ah, porque você
não falou ?
- Você queria
ler.
- Queria, mas
você não deixa.
- Aah ! Faz o
biquinho que eu deixo, vai.
- Não faço, nada.
- Por favor ? -
olhei para o Luan sem jeito e fiz o bico que ele tanto queria. - AAh !
Me deu vários
beijos pelo o rosto, na boca, no pescoço.
- Muito melhor,
muito melhor que esse Théo e a família desaparecida dele.
- Maleta -
apertei sua bochecha.
- Que você gosta
- ele também apertou a minha.
- Que eu amo ...
- Eu amo mais ...
- E se fosse
comigo ?
- Se fosse com
você o que ?
- O
desaparecimento, você ia atrás ?
- Ah, eu ia. Mas
eu dúvido que o bandido iria deixar essas pista que
tem no livro pelo o caminho.
- É porque não
foi o bandido, tá na cara.
- Foi a mulher dele ?
- Acho que sim -
era uma conversa, meio boba, mas com ele eu conversava todas as coisas bobas se
fosse preciso. Com ele eu fazia tudo.
- Vamos deixar
esse livro pra lá, essa história chata pra lá.
- Não é chata.
- É sim, meu
amor, vem vamos ficar agarradinhos.
Ficamos
abraçadinhos na cama e acabamos adormecendo. O show só seria 01:00 da manhã,
por tanto dava para dormir bem, se arrumar tranquilamente e ir para o local do
show. Porém, muitas surpresas nos aguardava.